O caso Eloá Cristina Pimentel, ocorrido em 2008, marcou o Brasil e ainda permanece na memória de milhões de pessoas que acompanharam, em tempo real, a tragédia transmitida pelas TVs. Foram cinco dias de tensão, que comoveram o país e terminaram de forma trágica, com a morte de Eloá.

O papel de Nayara no sequestro

Na época, Nayara Silva, melhor amiga de Eloá, também foi feita refém por Lindemberg Alves Fernandes, ex-namorado da vítima e autor do crime. Ela esteve no apartamento durante parte do sequestro e acabou atingida por um disparo na boca, que lhe arrancou um dente e deixou sequelas físicas — até hoje precisando de cirurgias reparadoras.

Em depoimento prestado anos depois, Nayara afirmou que Lindemberg sempre teve a intenção de matar Eloá, e destacou que nunca será capaz de perdoá-lo pelo que fez com sua amiga.

As marcas emocionais e a vida após a tragédia

Em entrevistas, Nayara contou que não conseguiu retornar para a escola em que estudava após o crime, pois o trauma era profundo. Ela ainda vive com receios quanto ao futuro, especialmente em relação à possibilidade de o assassino sair da prisão.

Mesmo com as cicatrizes físicas e emocionais, Nayara reconstruiu sua vida. Na época em que falou publicamente sobre o caso, em 2016, ressaltou que segue lutando para superar as marcas deixadas pelo episódio.

Situação atual de Lindemberg Alves

O autor do crime foi condenado inicialmente a 98 anos de prisão, mas a pena foi reduzida para 39 anos. Atualmente, ele cumpre pena em regime fechado na Penitenciária II de Tremembé, em São Paulo.

No presídio, Lindemberg trabalha montando peças para box de banheiro, participa de cultos religiosos e joga futebol. Segundo informações oficiais, ele não apresenta problemas disciplinares e só deixou a unidade para comparecer ao Fórum de Santo André.