Empresário foi detido por matar gari de 44 anos nas ruas de Belo Horizonte.

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de atirar e matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte, confessou à polícia que utilizou uma arma registrada em nome de sua esposa, a delegada da Polícia Civil de Minas Gerais Ana Paula Balbino Nogueira.

O crime ocorreu na manhã de segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital mineira, e teria sido motivado por uma discussão de trânsito.

Discussão teria motivado crime
De acordo com relatos de testemunhas, Renê se irritou porque o caminhão de coleta de lixo ocupava parte da via e exigiu que a motorista recuasse para liberar a passagem do seu carro, um modelo elétrico da marca BYD.

Mesmo após ser informado de que havia espaço para transitar, o empresário teria ameaçado disparar contra a condutora. Os garis tentaram intervir para acalmar a situação, mas Renê desceu do veículo armado e fez os disparos, atingindo Laudemir.

Gari não resistiu aos ferimentos
A vítima foi socorrida em uma viatura da Polícia Militar e levada a um hospital, mas não resistiu. Em nota, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) lamentou a morte e informou que Laudemir trabalhava para uma empresa terceirizada que presta serviços ao município.

O caso gerou comoção e revolta entre moradores da região, que prestaram homenagens ao gari.

Prisão do empresário e investigação
Após os disparos, Renê deixou o local e foi localizado poucas horas depois em uma academia, onde foi preso em flagrante. A delegada Ana Paula Balbino Nogueira foi conduzida pela Corregedoria para prestar depoimento e se tornou alvo de apuração interna, já que a arma usada no crime estava registrada em seu nome.

A Polícia Civil investiga o caso como homicídio qualificado e também apura as circunstâncias em que o empresário teve acesso à arma. Além disso, a corporação analisa possíveis agravantes no episódio, incluindo o uso de equipamento de propriedade de uma agente da lei.